Atividade Interdisciplinar 9 de História, Ciências e Geografia - Profs. Marli Oliveira, Alexandre Damasceno, Fátima de Oliveira, Adriana Costa, Daniela Lima, Renato de Paula
Bom dia, estudantes EMAT!
Segue abaixo a atividade interdisciplinar de História, Ciências e
Geografia elaborada pelos profs. Marli Oliveira, Alexandre
Damasceno, Fátima de Oliveira, Adriana Costa, Daniela Lima e
Renato de Paula.
Turmas: 6ºA, 6ºB, 6ºC, 6ºD, 6ºE, 7ºA, 7ºB, 7ºC, 7ºD, 8ºA, 8ºB,
8ºC, 8ºD, 9ºA, 9ºB.
Lembre-se: responda no seu caderno de atividades sobre o
qual falamos na postagem "Dicas de estudo".
Link: https://atividadesemat.blogspot.com/2020/06/dicas-de-estudo.html
BONS ESTUDOS! 😀😁💖💖😃😄
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7 de
Setembro: dia da
Independência do Brasil
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos
Brilhou no céu da pátria nesse instante”
(...)
Todos
vocês, em algum momento, já ouviram o Hino Nacional. Encontramos no primeiro
verso do hino, descrito acima, a referência ao Dia da Independência que ocorreu
às margens do rio Ipiranga, no dia 7 de
setembro de 1822. A data é considerada um momento simbólico em que D.
Pedro, príncipe regente do Brasil, rompe as relações de dominação política com
Portugal. No texto que se segue, vamos tentar compreender o que significa essa
data, esse momento na História do Brasil, inclusive, para nós, nos dias de hoje:
A independência do Brasil está
diretamente relacionada com eventos que foram iniciados em 1808, ano em que a
Família Real portuguesa, fugindo das tropas francesas de Napoleão Bonaparte,
que invadiram Portugal, mudou-se para o Brasil. 
A chegada da Família Real ao Brasil
ocasionou uma série de mudanças que contribuíram para o desenvolvimento
comercial, econômico e, em última instância, possibilitaram a sua
independência política em relação a Portugal. Essas mudanças consistiram na
abertura dos portos a diferentes nações, à construção de universidades,
teatros, da Biblioteca Nacional, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e do
Banco do Brasil.
A partir de 1808, após a abertura dos portos brasileiros às
nações amigas, ocorreu o fim do exclusivismo
comercial metropolitano (isto é, do controle do comércio do Brasil pelos
portugueses) e a liberdade de
comerciar com outros países. Para a Inglaterra, por exemplo, a abertura foi
vantajosa, pois a partir daquele momento poderia vender suas mercadorias diretamente para o
Brasil.
As medidas que foram tomadas pelo rei
português, D. João VI, demonstravam uma clara intenção de modernizar o país
como parte de uma proposta que fizesse o Brasil deixar de ser apenas uma
colônia portuguesa, tornando-se
de fato parte integrante do Reino de Portugal. Isso foi confirmado quando, em
16 de dezembro de 1815, D. João VI decretou a elevação do Brasil para parte do
Reino Unido. Na prática, significou que o Brasil deixava de ser uma colônia e
transformava-se em parte integrante do Reino português, que agora passava a ser
chamado de Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves. Com essa decisão foi reconhecida a autonomia do Brasil
perante o Reino de Portugal.
Portugal, entretanto, vivia uma grave crise política
e econômica e uma forte insatisfação diante da liberdade econômica que o Brasil
havia conquistado com as medidas de D. João VI 
a partir de 1808.
Assim,
em 1820, ocorreu a Revolução
Liberal do Porto organizada pela burguesia portuguesa. Um dos grandes
objetivos dos portugueses era o retorno do rei a Portugal e a exigência de
restabelecimento do monopólio comercial[1] sobre o Brasil. Ou
seja, uma clara intenção de recolonizar o Brasil, voltando com as antigas
relações coloniais de dependência econômica com Portugal, o que provocou grande
insatisfação na elite brasileira. 
Pressionado
pelos acontecimentos em Portugal, D. João VI resolveu retornar ao país em 26 de
abril de 1821 deixando aqui seu filho D. Pedro como Príncipe Regente do Brasil
e, assim, garantiu para sua família o governo do rico território brasileiro.
A permanência no Brasil de um herdeiro do
trono português desagradou às Cortes portuguesas. Em dezembro de 1821, chegou a
ordem exigindo o retorno imediato de D. Pedro para Portugal. Reagindo a isto, a
elite do Brasil iniciou um movimento para convencê-lo a ficar. Em 9 de janeiro
de 1822, D. Pedro recebeu um manifesto com milhares de assinaturas pedindo que
ele ficasse no Brasil. Ele, então, declarou que ficaria no Brasil. O episódio
ficou conhecido como o Dia do Fico.
Em maio de 1822, D. Pedro determinou que qualquer ordem vinda de Portugal só
seria obedecida com o seu “Cumpra-se”, ou
seja, apenas com sua autorização. Em 1° de agosto de 1822, D. Pedro assinou um decreto que declarava
inimigas as tropas militares enviadas de Portugal sem o seu consentimento. 
Em 7 de setembro de 1822, um mensageiro alcançou a
comitiva de D.  Pedro às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo, e lhe
entregou duas cartas: uma das Cortes portuguesas e outra de seu ministro José
Bonifácio e de sua esposa D. Leopoldina. A carta das Cortes anulava seus atos
no Brasil e ameaçava fazê-lo regressar à força. A carta de José Bonifácio dizia
que, ou D. Pedro voltava para Portugal como prisioneiro das Cortes, ou
proclamava a independência. D. Leopoldina lhe dizia que o momento da
independência chegara. D. Pedro escolhendo romper com
Portugal, teria gritado: “Independência
ou morte!”, fato que ficou conhecido
como “Grito do Ipiranga”. O Brasil conseguia assim sua separação (emancipação)
política com Portugal.
            Apesar do rompimento dos laços
políticos e administrativos com Portugal, a situação econômica do Brasil
praticamente não se alterou, ou seja, continuou dominada pela elite da região
Centro-Sul (sobretudo São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) interessada em
manter a liberdade de comércio e conservar seus privilégios. O projeto de
independência vitorioso manteve a monarquia, a escravização e as restrições do
exercício da cidadania.
A independência não significou melhoria nas condições de vida da maioria da população, que era formada principalmente por escravizados, indígenas e trabalhadores pobres. O sistema de trabalho escravizado não se alterou - a abolição formal da escravização no Brasil veio apenas em 1888, sendo, o Brasil, o último país a abolir a escravização nas Américas - e a participação política restringia-se aos ricos. Diante desta situação, as classes populares brasileiras procuraram resistir e lutar por condições melhores de vida através de movimentos revoltosos como a Balaiada (Maranhão: 1838 -1841) , a Cabanagem (1835-1840), que teve como centro a província do Grão-pará, atual estado do Pará. Negros, indígenas e caboclos foram protagonistas principalmente em sua última fase, a Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador, Bahia em 1835 e a Guerra de Canudos (1896-1897) sertão da Bahia.
Você também pode assistir este conteúdo nos vídeos abaixo apresentados pelo professor Alexandre Cunha:
O Museu do Ipiranga e o Monumento à Independência
O Parque da
Independência localiza-se no bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo. Nele
encontramos o edifício histórico conhecido como Museu do Ipiranga, cujo nome oficial é Museu Paulista da Universidade
de São Paulo. Em frente a esse edifício, na extremidade oposta e separado por
um belo jardim, temos o Monumento à Independência.
        O Museu do Ipiranga foi construído à pedido de D. Pedro II e inaugurado em 7 de setembro de 1895 como Museu de História Natural e marco representativo da Independência, da História do Brasil e Paulista.
Museu do Ipiranga
           Assista
abaixo ao vídeo sobre o Museu do Ipiranga:
[1] Retomar o controle do comércio do Brasil pelos portugueses.
Referências Bibliográficas
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/a-mensagem-de-pedro-americo-aos-historiadores-no-quadro-o-grito-do-ipiranga
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes
https//:www.infoescola.com.br
httpps://www.brasilescola.uol.com.br
http://edsonrossatto.blogspot.com/2012/03/hq-historia-do-brasil-em-quadrinhos
BOULOS, Alfredo. História:
Sociedade & Cidadania. 8°ano:
ensino fundamental: anos finais. 4 ed. São Paulo: FTD, 2018.
BRAICK, Patrícia Ramos, MOTA, Myriam Becho.Estudar História: das
origens do homem à era digital: manual do professor. 3° ed. São Paulo:
Moderna,  2018.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História:
volume único. 1° ed. São Paulo:
Ática, 2005.
PILETTI, Nelson, PILETTI, Claudino. História & Vida Integrada. 7° série. São Paulo: Edit. Ática,
2001.
http://www.mp.usp.br/museu-do-ipiranga
ATIVIDADES
- Observe a imagem abaixo:
 
Leia os quadrinhos acima e responda
às questões:
a)    Qual é o assunto abordado nos
quadrinhos?
b)    Por que o episódio mencionado
poderia ser o primeiro passo para a Independência do Brasil?
c)    Como você interpreta o conselho dado
por D. João a seu filho?
2. Analise a charge abaixo:
a)    Tendo
em vista o contexto da Independência do Brasil e o sentido dado pela charge a
esse importante momento da História do Brasil, explique qual foi o projeto de independência vitorioso, em
1822?
b) O que significou a Independência para a maioria da população brasileira, na época?
3. 
AMÉRICO,
Pedro. Independência ou morte, 1888.
Óleo sobre tela, 4,15 m X 7,60 m. Museu Paulista da Universidade de são Paulo,
São Paulo.
        O famoso quadro Independência ou morte, também conhecido como o grito do Ipiranga, do pintor paraibano
Pedro Américo, datado de 1888, representa de forma idealizada a proclamação da
Independência do Brasil. Entre as muitas curiosidades da obra, por exemplo,
afirmaram testemunhas do episódio que D. Pedro e sua guarda montavam burros, e
não cavalos, e que os uniformes mais simples dos soldados teriam sido substituídos,
na pintura, por trajes de gala.
Após observar atentamente a pintura
acima, responda as questões abaixo:
a)   
O
homem com o carro de bois poderia representar qual grupo social?
b)   
 A posição em que D. Pedro aparece na pintura
teria qual finalidade?
c)   
Que
visão sobre a independência do Brasil a obra quer transmitir? Justifique.
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