Atividade Interdisciplinar 7 de História, Ciências e Geografia - Profs. Marli Oliveira, Alexandre Damasceno, Fátima de Oliveira, Adriana Costa, Daniela Lima, Renato de Paula
Bom dia, estudantes EMAT!
Segue abaixo a atividade interdisciplinar de História, Ciências e
Geografia elaborada pelos profs. Marli Oliveira, Alexandre
Damasceno, Fátima de Oliveira, Adriana Costa, Daniela Lima e
Renato de Paula.
Turmas: 6ºA, 6ºB, 6ºC, 6ºD, 6ºE, 7ºA, 7ºB, 7ºC, 7ºD, 8ºA, 8ºB,
8ºC, 8ºD, 9ºA, 9ºB.
Lembre-se: responda no seu caderno de atividades sobre o
qual falamos na postagem "Dicas de estudo".
Link: https://atividadesemat.blogspot.com/2020/06/dicas-de-estudo.html
BONS ESTUDOS! 😀😁💖💖😃😄
---------------------------------------------------------------------------------------------------------
    Queridos alunos e alunas, em uma das
atividades da semana passada, foi pedido uma pesquisa sobre a Revolta da
Vacina. Essa semana vamos conhecer um pouco mais sobre essa Revolta Popular
ocorrida no Brasil, no início do século XX. 
A
REVOLTA DA VACINA
     A Revolta da Vacina foi um
movimento popular que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, a então capital do
Brasil, entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Foi uma rebelião contra a
Lei da Vacinação Obrigatória e também contra outros serviços públicos
prestados.
    Em 1902, Rodrigues Alves assumiu a
presidência da República decidido a modernizar e “higienizar” a cidade do Rio
de Janeiro. Em nome dessa modernização, foram demolidos os cortiços, ou seja,
casas e casebres habitados pela população mais humilde, desabrigando milhares
de pessoas.
    Expulsos de suas casas, os antigos
moradores do centro do Rio de Janeiro, ou seja, as camadas mais pobres da
população, foram viver na periferia ou subiram os morros, incrementando a construção das favelas.
   Nas ruas da cidade do Rio de Janeiro desse
período, acumulavam-se lixos, proliferavam-se ratos e mosquitos ocasionando
acentuados problemas de saúde pública e graves doenças que atingiam a
população, como: a varíola, a febre amarela e a peste
bubônica, as quais matavam milhares de pessoas. Para combater essas doenças
foi nomeado, pelo governo, o médico sanitarista Oswaldo Cruz.
    Em 1904, foi aprovada a Lei da Vacina
Obrigatória, que autorizava os funcionários da saúde a vacinarem contra a
varíola todos os brasileiros a partir de 6 meses de idade. Aqueles que não
obedecessem eram ameaçados com multas e demissões. 
   A obrigatoriedade da vacina, as demolições
no centro da cidade, o custo de vida elevado provocaram uma revolta popular,
conhecida como Revolta da Vacina. Entre 10 e 16 de novembro de 1904, as camadas populares do Rio de
Janeiro saíram às ruas para enfrentar os agentes da Saúde Pública e a polícia.
O centro do Rio de Janeiro foi transformado numa praça de guerra com bondes
derrubados, edifícios depredados e muita confusão na área central da cidade.
   
O movimento rebelde foi desarticulado pelo governo de Rodrigues Alves e
seus principais líderes presos e deportados. A obrigatoriedade da vacina contra
a varíola foi suspensa.
Para entender um pouco mais sobre essa Revolta, assistam ao vídeo produzido pelo professor de História Alexandre Cunha:
Oswaldo Cruz – um dos
maiores sanitaristas brasileiros
| 
       Nascido em São Luiz do Paraitinga, no
  interior de São Paulo, no dia 5 de agosto de 1872, Oswaldo Cruz foi pioneiro
  no estudo das doenças tropicais e encabeçou diversas campanhas de combate
  a epidemias de sua época. Formou-se na Faculdade de Medicina
  do Rio de Janeiro em 1892, aos 20 anos.     Oswaldo
  Cruz chegou a montar um pequeno laboratório no porão de casa, mas deixou de
  trabalhar nele após a morte do pai. Em 1897, ele se mudou para Paris a fim de
  estudar microbiologia, soroterapia e imunologia, no Instituto Pasteur, e
  medicina legal, no Instituto de Toxicologia. Foi lá que conheceu novas
  técnicas de produção de soros e vacinas.  | 
  
   
 Oswaldo
  Cruz: o saneador do  Rio
  de Janeiro  | 
 
    As medidas adotadas por Oswaldo Cruz como
isolamento dos doentes, notificação compulsória dos casos, capturas dos vetores
(mosquitos e ratos) e desinfecção das casas nas áreas de surtos, não foram bem
aceitas pela população e muitos médicos acharam as medidas sanitárias
exageradas. A missão de Oswaldo Cruz não foi fácil. 
    Mesmo com toda a hostilidade, as
estratégias de Oswaldo Cruz se provaram certeiras. As mortes por febre amarela caíram de 469, em 1903, para 39, em 1904. Neste mesmo ano,
após o extermínio de mais de 50 mil ratos, a peste foi dada extinta no Rio de
Janeiro. E em 1908, a reação das pessoas diante de uma nova epidemia de varíola
foi o contrário da primeira vez: elas buscaram a vacinação espontaneamente.
    Em 1907, Oswaldo
Cruz ganhou a medalha de ouro no 14º Congresso Internacional de Higiene e
Demografia de Berlim.
    O sanitarista continuou
contribuindo para a pesquisa e erradicação de doenças no Brasil. Em 1909,
por exemplo, lançou importantes expedições científicas no interior do país,
erradicando a febre amarela no Pará e realizando campanhas de saneamento da
Amazônia 
    Em 1915, saiu da direção
do Instituto Soroterápico Federal e se mudou para Petrópolis por motivos
de saúde. Ainda assim, participou da
fundação da Academia Brasileira de Ciências e foi eleito prefeito de
Petrópolis, elaborando um plano de urbanização para a cidade. Dois anos depois,
no dia 11 de fevereiro de 1917, morreu de insuficiência renal e
complicações respiratórias, aos 44 anos de idade.
    Dentre as sementes
plantadas por Oswaldo Cruz permanece a Fundação Oswaldo Cruz, contando com mais
de 300 pesquisadores, realizando um importante e revolucionário trabalho
científico no Brasil.
    Acompanhem no vídeo abaixo um pouco sobre a história desse importante médico sanitarista brasileiro: 
ATIVIDADES
PROCEDIMENTO:
-
Leia os textos atentamente e assista aos vídeos propostos. 
- Faça o seguinte
cabeçalho antes de responder às perguntas:
*ATIVIDADE 7:  A
REVOLTA DA VACINA 
*Data de
envio: 26/08/2020
*Disciplinas:
Ciências, História e Geografia
-
Responda as questões no caderno de atividades.
- Faça letra
legível.  Lembre-se da organização e
capricho. 
RESPONDA
1. Explique como eram as condições sanitárias da cidade do Rio de Janeiro no início do século XX.
2. Em 1903, o médico sanitarista Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor-Geral da Saúde Pública. Faça um breve comentário sobre as medidas adotadas por ele para combater as epidemias que assolavam a cidade do Rio de Janeiro.
3. Explique como, em nome da modernização e do progresso, a população mais pobre da cidade do Rio de Janeiro teve suas moradias demolidas e foi expulsa para a periferia.
4. Leia a seguir um trecho da notícia publicada no jornal do Comércio do Rio de Janeiro, em 15 de novembro de 1904:
   
Cheio de apreensões e receios despontou o dia de ontem. (...) Muito
cedo tiveram início os tumultos e as depredações (...). Começaram como na
véspera: apedrejamento aos combustores restantes da iluminação pública,
hostilização a qualquer facção da força policial e ataques aos bondes, que eram
virados, quebrados e incendiados. (...) Pela rua Senhor dos Passos, às 7 horas,
numeroso grupo de mais de quinhentas pessoas desceu em direção à Praça da
República, prorrompendo em gritos hostis à polícia e à vacina obrigatória e
assaltando os bondes que, nessa ocasião, 
ainda chegavam àquele ponto. (...) Foi grande o tiroteio que se travou,
caindo logo ao chão, feridas e ensanguentada, diversas pessoas. (...)
ESCOREL,
Sarah; TEIXEIRA, Luiz Antônio.  História
das políticas de saúde no Brasil de 1822 a 1963. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2012.
Após ler a notícia acima, RESPONDA:
A) A notícia do Jornal do Comércio faz referência a que movimento popular?
B) A notícia nos permite conhecer um meio de transporte existente na época? Justifique.
C) Por que razão ocorreu essa Revolta?
D) Posteriormente, as pessoas compreenderam as ações de Oswaldo Cruz. O que elas observaram?
Comentários
O Blog é nosso canal de postagens de atividades em que professores e professoras juntamente com a coordenação têm se dedicado e se esforçado para manter contato com a Comunidade Escolar ainda que à distância.
Pedimos gentilmente que escrevam seus comentários de forma respeitosa. Queremos muito ler os comentários. Mas que possam expressar sugestões, dúvidas, comentários enriquecedoras.Obrigada pela compreensão.